Fracaso de la inducción por misoprostol en mujeres embarazadas: revisión integradora

Brito, Juliana Oliveira; Damasceno, Ana Kelve de Castro; Rios, Ana Jéssica Silveira; Carneiro, Jéssica Lourenço; Nour, Guilherme Frederico Abdul; Vasconcelos, Camila Teixeira Moreira; Carvalho, Francisco Herlânio Costa; Gonçalves, Emilcy Rebouças

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Acta Paulista de Enfermagem

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Sumário

Artigo de Revisão • Acta Paul Enferm 37 • 2024 • https://doi.org/10.37689/acta-ape/2024AR0002732 copiar

Fracaso de la inducción por misoprostol en mujeres embarazadas: revisión integradora

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Resumen

Objetivo

Analizar las evidencias disponibles en la literatura acerca del fracaso de la inducción del trabajo de parto con misoprostol en gestaciones a término.

Métodos

Revisión integradora, realizada entre enero y noviembre de 2022, cuya pregunta de investigación y descriptores fueron definidos mediante la estrategia PECO. Las búsquedas fueron realizadas en las bases de datos MEDLINE, Web of Science, CINAHL, EMBASE y Scopus por dos investigadoras de forma independiente, al igual que la evaluación. Para la fase de selección e identificación de los estudios se utilizó el Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). La evaluación del riesgo de sesgo de los artículos incluidos se realizó a través del cuestionario Newcastle Ottawa Scale.

Resultados

Se identificaron 3.674 artículos, 84 se leyeron en su totalidad, de los cuales 11 conformaron la revisión (n=9.010 mujeres embarazadas), publicados entre los años 2005 y 2021, la mayoría en Estados Unidos. Respecto al nivel de evidencia, todos los artículos fueron clasificados como 2b, evaluada de acuerdo con el diseño de cada investigación. El estudio indicó evidencias respecto a los siguientes factores: IMC elevado (mayor igual a 30 kg/m2), nuliparidad, bishop bajo, longitud cervical (mayor o igual a 30 mm), estatura, etnia (no caucasoide del sur de Europa) y peso fetal (mayor igual a 4 kg).

Conclusión

Se alcanzó el objetivo del estudio y se demostraron seis factores maternos y uno fetal que pueden llevar al fracaso de la inducción. Cabe resaltar la necesidad de evidencias que incorporen la individualidad de cada característica y se destaca la contribución de este estudio para fundamentar la elección de la mejor conducta en cada gestación de forma individualizada.

Misoprostol; Trabajo de parto inducido; Parto obstétrico; Embarazo; Cesárea; Mujeres embarazadas

Artigo	País/ Ano	Objetivo	Delineamento e NE	População	Risco de viés
Ferrazzi et al.⁽⁷⁾	Itália 2019	Investigar o impacto da idade materna e do IMC sobre o risco de indução tardia, tempo de indução prolongado e a necessidade de cesárea após a indução.	Coorte Retrospectivo 2b	4618 gestantes G1 n=4006 trabalho de parto espontâneo G2 n=612 trabalho de parto induzido	7
Drakopoulos et al.⁽²¹⁾	Genebra 2017	Avaliar a quantidade de doses de misoprostol necessárias para a maturação cervical e os fatores de risco para cesárea.	Coorte Retrospectivo 2b	1295 gestantes induzidas com um dos agentes: misoprostol, dinoprostona e ocitocina.	7
Kehl et al.⁽²²⁾	Alemanha 2016	Avaliar a eficácia da indução do parto com cateter de balão duplo e misoprostol oral após a remoção do cateter, quando necessário, em comparação ao misoprostol oral sozinho.	Coorte Retrospectivo 2b	1032 gestantes a termo, 830 induziram apenas com misoprostol oral e 202 iniciaram indução com cateter balão duplo e continuaram com misoprostol oral.	7
El-Maghraby.⁽²³⁾	Egito 2021	Comparar a medida do comprimento cervical na ultrassom pré-indução e a detecção da proteína de ligação ao fator de crescimento semelhante à insulina 1 (IGFBP-1) em secreções cervicais pelo teste Actim Partus na previsão de indução bem-sucedida.	Coorte Retrospectivo 2b	140 gestantes	8
Lassiter et al.⁽²⁴⁾	EUA 2015	Avaliar o impacto do índice do IMC na indução do trabalho de parto com misoprostol.	Coorte Retrospectiva 2b	329 gestantes G1 (IMC <30 kg/m2) n=103 G2 (IMC 30-40 kg/m2) n=151 G3 (IMC >40kg/m2) n=75	7
Ware et al.⁽²⁵⁾	EUA 2000	Comparar a medida cervical transvaginal e o escore de Bishop como indicadores de duração do trabalho de parto e indução bem sucedida.	Coorte Prospectiva 2b	77 gestantes G1 nulíparas (n=32) G2 multíparas (n=45)	6
Batool S.⁽²⁶⁾	África do Sul 2013	Comparar a eficácia do misoprostol oral em primigestas e multigestas para indução do parto	Coorte prospectiva 2b	100 gestantes G1 primigestas (n=50) G2 multigestas (n=50)	6
Beckwith et al.⁽²⁷⁾	EUA 2017	Investigar o efeito da obesidade materna na eficácia do amadurecimento cervical usando misoprostol na mesma dose em mulheres obesas versus não obesas, em comparação com o efeito da obesidade materna no amadurecimento mecânico usando Ocitocina e cateter de Foley.	Coorte Retrospectiva 2b	709 gestantes G1 misoprostol (n=515) G2 Oci/Foley (n=194)	7
Caliskan et al.⁽²⁸⁾	Turquia 2006	Avaliar a medida do comprimento cervical por ultrassom transvaginal para predizer sucesso de indução do parto em mulheres com colo do útero desfavorável	Coorte Prospectiva 2b	74 gestantes G1 nulíparas (n=38) G2 multíparas (n=36)	6
Maged et al.⁽²⁹⁾	Egito 2018	Testar a hipótese de que há maior taxa de indução do trabalho de parto mal sucedida em gestantes obesas pós-termo em comparação às não obesas.	Coorte Prospectiva 2b	288 gestantes G1 obesas (n=144) G2 não obesas (n=144)	8
Rijal P.⁽³⁰⁾	Nepal 2014	Aumentar o conhecimento dos fatores que aumentam o risco de cesariana quando o trabalho de parto é induzido.	Coorte Prospectiva 2b	348 gestantes G1 parto vaginal (n= 174) G2 parto cesáreo (n= 174)	6

Artigo	Exposição	Variáveis analisadas	Fatores relacionados	Conclusões
Drakopoulos et al.,2017⁽²¹⁾	Misoprostol 20mg (2 doses) + 40mg a cada 2h (máximo de 320mg em 18h) / VO	Desfecho primário = obtenção de Bishop ≥ 6. Desfechos secundários = mudança do colo definida como aumento de pelo menos 2 pontos no BS e risco de cesárea.	Nuliparidade IMC ≥ 30 Bishop ≤ 2	Nuliparidade, IMC ≥ 30 e Bishop ≤ 2 tiveram associação significativa com o risco de parto cesáreo após a indução.
Ferrazzi et al., 2019⁽⁷⁾	Misoprostol 25mcg 4/4h (máximo 12 doses) / SL	Tempo de indução prolongado (> 24h) e taxa de cesárea.	IMC = 25 a 29,9 IMC > 30 Paridade Etnia não caucasianas	Sobrepeso, obesidade, nuliparidade e etnia (não caucasianas) estão significativamente associados a parto cesárea após indução.
Kehl et al., 2016⁽²²⁾	Cateter de balão duplo + misoprostol 50 mcg 4 e 8h/VO. Após 48h: 100mcg 4, 8, 12h/ VV	Desfecho primário = taxa de cesárea, Desfecho secundário = intervalo de indução ao parto, taxa de partos vaginais entre 24 e 48h, malogro de indução e parâmetros neonatais	IMC Estatura Nuliparas	Taxa de cesariana associada significativamente ao IMC (p =0,031) e estatura (166.3±6.6 vs. 167.8±6.9 cm, p=0.004) e nuliparidade (p=0,015). Taxa de cesariana significativamente menor no G2 (cateter + miso) (26,1 vs. 17,3%, p =0,021). Menos cesarianas no G2 (37,2% vs. 24,2%, p =0,015) em nulíparas.
El-Maghraby., 2021⁽²³⁾	Misoprostol* + amniotomia com ocitocina	Desfecho primário = fase ativa do trabalho de parto; dilatação cervical ≥ 4 cm. Desfecho secundário: intervalo da indução ao parto e o índice de Apgar do RN.	Comprimento cervical	Comprimento cervical significativamente maior em gestantes que evoluíram para PC após a indução aquelas que tiveram PV. A indução bem-sucedida foi, significativamente, correlacionada com a detecção iGFBP-1 nas secreções cervicais.
Lassiter et al., 2015⁽²⁴⁾	Misoprostol 25 mcg 4/4h (max 06 doses) / VV + ocitocina EV	Desfecho primário: intervalo da indução ao parto Desfechos secundários: número de doses de misoprostol, duração da ocitocina e parto cesárea.	IMC < 30 IMC 30–40 IMC > 40	O aumento do IMC está, significativamente, associado a cesariana após indução.
Ware et al., 2000⁽²⁵⁾	Misoprostol 50 mcg/ VV	Desfecho primário: tipo de parto.	Medida cervical ≥3cm Medida cervical <3cm Bishop ≤ 4 Paridade	A medida cervical ≥3 cm e escore de Bishop ≤ 4 foram estatisticamente associadas ao desfecho de parto cesárea. O aumento da medida cervical e a nuliparidade são variáveis independes que correlacionaram-se ao parto cesárea.
Batool S., 2013⁽²⁶⁾	Misoprostol 25 mcg/ VO	Desfechos: número de dose de misoprostol, intervalo de indução ao parto e tipo de parto.	Paridade	A taxa de realização de parto cesárea foi maior em mulheres primíparas.
Beckwith et al., 2017⁽²⁷⁾	Misoprostol 25 mcg/ VV vs Ocitocina com cateter foley/ VV	Desfecho primário: falha em obter trabalho de parto ativo. Desfechos secundários: taxa de cesárea, número de doses de misoprostol e necessidade de uso de outros métodos (Pit/Fb ou dinoprostona).	Obesidade (IMC >30)	Gestantes obesas foram estatisticamente associadas a maiores taxas de parto cesárea.
Caliskan et al., 2006⁽²⁸⁾	Misoprostol 50 mcg/ SL	Desfechos: falha de indução (contração uterina, Bishop menor que 6 ou parto não alcançados nas primeiras 24 horas após inicio da indução) intervalo de indução ao parto e a taxa de cesárea.	Comprimento cervical ≥ 30 mm Comprimento cervical ≤ 30mm	O comprimento cervical ≥ 30mm foi estatisticamente associado às maiores taxas de parto cesárea. O ponto de corte de 30mm para medida cervical demonstrou uma acurácia de 68%.
Maged et al., 2018⁽²⁹⁾	Misoprostol 50 mcg/ VV, se Bishop > 6.	Desfecho primário: parto cesárea. Desfecho secundário: intervalo entre TP ao PV e a ocorrência de Hemorragia Pós-Parto (HPP).	Obesidade (IMC gestacional >29,9	Gestantes obesas com escore de Bishop > 6 apresentaram associação estatística ao parto cesárea com risco duas vezes maior.
Rijal P., 2014⁽³⁰⁾	Misoprostol* 4/4h (max 03 doses)	Desfecho primário: taxa de casárea, duração da fase latente e ativa do TP. Parâmetros neonatais.	Bishop ≤ 5 Peso fetal >4Kg	O peso fetal > 4kg estatisticamente associado ao parto cesárea, sendo o risco quase três vezes maior nos recém-nascidos com esse peso comparado aos com menos de 4kg. O escore de Bishop ≤ 5 esteve estatisticamente associado ao parto cesárea.

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[1] Autor correspondente: Juliana Oliveira Brito E-mail: enfajulianaoliveira@gmail.com