RESUMO
O presente artigo trata do incêndio ocorrido na sede do Museu Nacional em 2018 por meio do longa-metragem Subterrânea (2021Subterrânea, 2021, Pedro Urano, Filmegraph, Brasil.), ficção científica em diálogo com o documentário, dirigido por Pedro Urano. Além de ser a primeira ficção a explorar o tema, o filme conecta a tragédia a outros acontecimentos que moldaram a paisagem do Rio de Janeiro. Ao fazê-lo, comenta sobre o modo de operar não só da capital fluminense, mas do país como um todo, calcado na lógica da destruição. O artigo examina Subterrânea tanto estética quanto discursivamente, mobilizando, entre outros, Lima Barreto e Hélio Oiticica, referências ao projeto. Para isso, situa a produção no contexto brasileiro dos anos 2010 e no debate contemporâneo sobre a estética da ruína.
PALAVRAS-CHAVE
Museu Nacional;
Subterrânea
; Incêndio; Ruína; Estética