Resumo
Com as pressões globais sobre problemas socioambientais nas cadeias de commodities agropecuárias no Brasil, há maior estímulo para a diferenciação entre os atores do agronegócio que operam no país. Por meio de um gradiente, este artigo analisa cinco correntes de posições desses atores sobre questões socioambientais. Associando cada corrente a um ator empresarial específico, o trabalho também examina em que medida as posições são desdobradas em ações políticas efetivas. Os materiais empíricos advêm de documentos patronais e corporativos, observação participante de longa duração em núcleos políticos e entrevistas com líderes empresariais. Os resultados demonstram a ampliação de divergências programáticas entre tais atores, mas também evidenciam consideráveis contradições nesse processo.
Palavras-chave
Agronegócio; heterogeneidade; mudanças climáticas; povos indígenas; Antropoceno