RESUMO
Objetivo:
Revisar o impacto da telessaúde na qualidade de vida, redução das exacerbações pulmonares, número de dias em uso de antibióticos, adesão ao tratamento, função pulmonar, visitas à emergência, hospitalizações e estado nutricional de indivíduos com asma e fibrose cística.
Fontes de dados:
Foram utilizadas quatro base de dados, sendo, MEDLINE, LILACS, Web of Science e Cochrane, além de pesquisas manuais nos idiomas inglês, português e espanhol. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados, publicados no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2020, com participantes de 0 a 20 anos.
Síntese dos dados:
Setenta e um registros foram identificados após a remoção das duplicatas e doze estudos foram elegíveis para síntese. Os ensaios utilizaram aplicativos para celular (n=5), plataformas da web (n= 4), unidade de telemedicina móvel (n=1), software com registro eletrônico (n=1), espirômetro remoto (n=1) e plataforma ativa de videogames (n=1). Três ensaios utilizaram duas ferramentas, incluindo chamadas telefônicas. Entre os diferentes tipos de intervenções, observou-se melhora na adesão, qualidade de vida e de variáveis fisiológicas para intervenções de aplicativos móveis e plataformas de jogos em comparação com os cuidados habituais. Visitas ao pronto-socorro, consultas médicas não agendadas e internações não foram reduzidas. Houve considerável heterogeneidade entre os estudos.
Conclusões:
Os achados sugerem que a melhora do controle dos sintomas, da qualidade de vida e da adesão ao tratamento podem ser atribuídos às intervenções tecnológicas utilizadas. No entanto, mais pesquisas são necessárias para comparar a telessaúde com o atendimento presencial e indicar as ferramentas mais efetivas na rotina de cuidados à população infantil com doenças crônicas pulmonares.
Palavras-chave:
Telessaúde; Asma; Fibrose cística; Qualidade de vida