RESUMO
Estudamos neste artigo existência e unicidade de solução fraca global para a inequação variacional não linear degenerada
em que K(x, t) é uma função definida em para todo , M uma função real contínua com propriedades específicas e f pertence a classe de funções . Usaremos o Método de Faedo-Galerkin, operador monótono e Compacidade para provar a existência e a unicidade de soluções fracas.
Palavras-chave:
operador de penalização; desigualdade variacional; método de Galerkin
ABSTRACT
In this article, we study the existence and uniqueness of a global weak solution for the degenerate nonlinear variational inequality
where K(x, t) is a function defined on para todo , M a continuous real function with specific properties and f belongs to the class of functions . We will use the Faedo-Galerkin method, monotone operator and Compactness to prove the existence and uniqueness of weak solutions.
Keywords:
penalty operator; variational inequality; Galerkin method
INTRODUÇÃO
O estudo das desigualdades variacionais foi iniciado por Stampacchia 1212 G. Stampacchia. Formes bilinéaires coercitives sur les ensembles convexes. Comptes Rendus Hebdomadaires Des Seances De L Academie Des Sciences, 258(18) (1964), 4413., Lions-Stampacchia 88 J.L. Lions & G. Stampacchia. Variational inequalities. Communications on pure and applied mathematics, 20(3) (1967), 493-519., Brezis 22 H. Brezis. Analyse fonctionnelle, Théorie et applications, Collection mathématiques appliquées pour la mâıtrise, 1992 (1987). e também por Kinderlehrer-Stampacchia 66 D. Kinderlehrer & G. Stampacchia. “An introduction to variational inequalities and their applications”. SIAM (2000).. Em Lions 77 J.L. Lions. “Quelques méthodes de résolution des problemes aux limites non linéaires”. Dunod (1969)., nós podemos encontrar o mesmo tipo de problema para um operador não linear do tipo hiperbólico, elíptico e parabólico mas em um caso não degenerado. A degeneração de equação hiperbólica não linear traz dificuldades no caso de domínio cilíndrico, pois a geometria do domínio afeta a exatidão do problema. A existência e unicidade de soluções fracas regulares local e global em domínios cilíndricos para outros modelos encontramos em vários trabalhos, por exemplo, 55 J. Ferreira. On a variational inequality for a hyperbolic-parabolic equation with a lipschitzian nonlinearity. Proyecciones (Antofagasta, On line), 16(2) (1997), 125-139.), (99 L. Medeiros & M.M. Miranda. Local solutions for a nonlinear unilateral problem. Revue Roumaine de Mathematiques Pures et Appliquées, 31(5) (1986), 371-382.), (1212 G. Stampacchia. Formes bilinéaires coercitives sur les ensembles convexes. Comptes Rendus Hebdomadaires Des Seances De L Academie Des Sciences, 258(18) (1964), 4413.), (88 J.L. Lions & G. Stampacchia. Variational inequalities. Communications on pure and applied mathematics, 20(3) (1967), 493-519.), (66 D. Kinderlehrer & G. Stampacchia. “An introduction to variational inequalities and their applications”. SIAM (2000).), (33 Y. Ebihara. Modified variational inequalities to semilinear wave equations. Nonlinear Analysis: Theory, Methods & Applications, 7(8) (1983), 821-826.) e (44 Y. Ebihara, M.M. Miranda & L. Medeiros. On a variational inequality for a nonlinear operator of hyperbolic type. Boletim da Sociedade Brasileira de Matemática-Bulletin/Brazilian Mathematical Society, 16(2) (1985), 41-55..
O movimento transversal de viga extensível de comprimento L, com extremos presos a uma certa distncia fixa pode ser modelado pela equação
que foi proposto por Woinowsky-Krieger 1313 S. Woinowsky-Krieger. The effect of an axial force on the vibration of hinged bars. Journal of Applied Mechanics, (1950)., onde ρ é uma constante positiva, σ uma constante não necessariamente positiva e o termo não-linear representa a mudança na tensão da viga devido a sua extensibilidade.
A formulação abstrata de (1.1) é dada pela equação
Onde A é um operador auto-adjunto não limitado de um espaço de Hilbert H e M uma função real.
Encontramos no capítulo 3 de Pereira 1111 D. Pereira. “Existência, Unicidade e Comportamento Assintótico das Soluçoes da Equação Não-Linear da Viga”. Ph.D. thesis, Doctoral Thesis. IM-UFRJ (1987). o estudo da existência e unicidade de solução do problema misto no cilindro finito de ℝ n+1 , para a equação
Onde K(x, t) é uma função definida em Q, para todo , M uma função contínua e outras propriedades, o qual é um problema relacionado com a equação (1.1).
O objetivo principal deste trabalho é estudar a existência e unicidade de soluções fracas globais para o problema (P), abaixo:
Trata-se de uma desigualdade variacional baseada na equação (1.3), onde Ω denota um aberto limitado do ℝn , n ≥ 1, com fronteira regular. Para cada número real fixo, porém arbitrário T > 0, Q denota o cilindro com fronteira lateral é uma função definida em Q, M é uma função real com certas propriedades e .
2. RESULTADOS E HIPÓTESES
Seja o conjunto fechado e convexo de L 2(Ω) com 0 ∈ N o qual tem a seguinte propriedade:
Existe uma contração , isto é, , com ρ(0) = 0, tal que , onde P N é o operador projeção de L 2(Ω) em N.
Definição 2.1.Definimos o operador de penalização, por β = I − P N , isto é,, ou ainda,
Proposição 2.1.Afirmamos que β é monótono, ou seja,e Lipschitziano, isto é,.
Proposição 2.2.Sendo β lipschitziano, então β é contínuo e β (S) é limitado para qualquer subconjunto limitado. Além disso, consideraremos também que, isto é, ker β = N
Proposição 2.3.Seja E um espaço de Banach e (x n ) uma sucessão em E. Então:
-
(I)
-
(II) Se x n → x fortemente, então x n ⇀ x fracamente para σ (E, E ′ )
-
(III) Se x n ⇀ x fracamente para σ (E, E ′ ), então ∥x n ∥ é limitada e
-
(IV) Se xn⇀ x fracamente em σ (E, E′) e se fn→ f fortemente em E′(isto é,), então. Demonstração: veja 22 H. Brezis. Analyse fonctionnelle, Théorie et applications, Collection mathématiques appliquées pour la mâıtrise, 1992 (1987).
Proposição 2.4.Seja E um espaço de Banach e ( f n ) uma sucessão em E ′ .
-
(I)
-
(II) Se fn → f forte, então f n ⇀ f em σ(E ′ , E ′′)
-
(III) Se fn⇀ f em σ(E′, E′′), entãoem σ(E′, E)
-
(IV) Seem σ(E′, E), então ∥f n ∥ esta limitada e.
-
(V) Se Seem σ(E′, E) e se xn → x fortemente em E, então. Demonstração: veja 22 H. Brezis. Analyse fonctionnelle, Théorie et applications, Collection mathématiques appliquées pour la mâıtrise, 1992 (1987).
Proposição 2.5.Sejaum convexo fechado do L2(Ω). Portanto, se, então existe um únicotal que
-
i).
A desigualdade i) é equivalente a
-
ii)
, em que P N w é a projeção de w sobre N.
Demonstração: veja 22 H. Brezis. Analyse fonctionnelle, Théorie et applications, Collection mathématiques appliquées pour la mâıtrise, 1992 (1987).
Proposição 2.6.(Desigualdade de Gronwall): Seesão contínuas tais queecom C ≥ 0 e C > 0 , então.
Assumiremos as seguintes hipóteses:
-
ℋ1) com e
-
ℋ2)
-
ℋ3) com ; sendo λ 1 o primeiro valor próprio de .1 1 De acordo com Mikhlin (10) temos satisfeito que: λ1=infu∈H02(Ω)|-Δu|2|-Δ1/2u|2>0 (2.1)
-
ℋ4) Seja o operador de penalização definido por , onde P N é o operador projeção de L 2(Ω) em N, dado por .
3 RESULTADO PRINCIPAL
Teorema 3.1. Nas hipóteses ℋ 1 a ℋ 4 , se e , então existe uma única função tal que:
-
A1T)
-
A2T)
-
A3T)
-
A4T)
-
A5T)
O teorema (3.1) será uma consequência do lema (3.1)
Lema 3.1.Nas mesmas condições do teorema (3.1), para cada 0 < ε < 1 e δ > 0 existe uma função u εδ definida em Q tal que:
-
A1L1)
-
A2L1)
-
A3L1)
-
A4L1)em L2(Q)
-
A5L1)
3.1 Problema Aproximado Perturbado e Penalizado
Considere o problema pertubado penalizado
em , fixados ε ∈ ℝ e δ ∈ ℝ com ε ∈ (0, 1) e δ > 0.
Seja (w ν )ν∈ℕ uma sequência de formada pelas auto-funções de −∆, isto é, e 0 < λ1 < λ2 < ... < divergindo para +∞.
A seguir usaremos o método de Faedo Galerkin para obter soluções u εδ do problema pertubado penalizado.
Considere o subespaço gerado pelas m primeiras funções (w ν )ν∈N . Para cada m ∈ ℕ, considere a função:
tal que
Pelo Teorema de Carathéodory o sistema (3.1) tem solução local em . As estimativas a priori nos permitirão extender a solução aproximada u εδm (t) para o intervalo [0, T].
3.2 Estimativas à priori
3.2.1 Estimativa I
Fazendo em (3.1), obtemos
Usando propriedades da função M, a monoticidade do β , a desigualdade de Cauchy-Schwartz, a desigualdade elementar 2ab ≤ a 2 + b 2, a observação (2.1) e as hipóteses (ℋ1) a (ℋ4) em (3.2), obtemos
sendo 0 < α < 1 e C 0 constante positiva independente de ε, δ, m e t.
E pela desigualdade de Gronwall (2.6):
sendo C constante positiva independente de ε, δ, m e t.
Portanto, concluimos que as seguintes sequências são limitadas:
-
Est1-a) é limitada em L ∞(0, T; L 2(Ω))
-
Est1-b) é limitada em L ∞(0, T; L 2(Ω))
-
Est1-c) (u εδm ) é limitada em
-
Est1-d) é limitada em L 2(0, T; L 2(Ω))
-
Est1-e) é limitado em L 2(0, T; L 2(Ω))
3.2.2 Estimativa II
Fazendo em (3.1), usando a 1ª Identidade de Green, equivalências de normas, desigualdade de Cauchy-Schwartz, desigualdade elementar e as hipóteses (ℋ1) a (ℋ4), obtém-se
Consequentemente, podemos escrever
Fazendo-se as devidas substituições em (3.4), obtemos:
Lema 3.2.Se g: ℝ → ℝ é uma função Lipschitziana e não decrescente com g(0) = 0, então. Proof. Ver 22 H. Brezis. Analyse fonctionnelle, Théorie et applications, Collection mathématiques appliquées pour la mâıtrise, 1992 (1987). e 11 V.J.V. Becerra. “Solução Local Para um Problema não Linear Unilateral”. Ph.D. thesis, Dissertaçao de Mestrado. UFRJ (1987). □
Portanto, pelo lema (3.2) acima, . Segue de (3.5) que:
Note que:
Portanto, integrando (3.6) de 0 a t, obtemos:
Como já verificamos, (u εδm ) é limitada em . Logo, é limitada. Portanto, pela continuidade da M, podemos tomar
Podemos então escrever:
Além disso, usando a desigualdade elementar, temos
Substituindo estes resultados em (3.7), obtemos
Note que (3.1) garante que ∥∆u 0m ∥ e ∥u 1m ∥ são limitadas e, além disso, observando (ℋ1), temos que
Portanto, é limitado. Note também que ∥f(t)∥2 é limitado, pois . Dessa maneira, podemos reescrever (3.8):
Aplicando a desigualdade de Gronwall (2.6):
Onde C 4 é constante positiva independente de ε, δ , m e t. Concluimos então que:
-
Est2-a) é limitada em
-
Est2-b) é limitada em
-
Est2-c) é limitado em
-
Est2-d) é limitada em
3.2.3 Estimativa III
Derivando a equação aproximada em PA (3.1) em relação a t, fazendo e aplicando a 1ª identidade de Green, obtemos
Levando-se em consideração a monoticidade do β , podemos reescrever (3.11):
Além disso, por (ℋ2),
Portanto aplicando este resultado, a desigualdade de Cauchy-Schwartz, a desigualdade elementar e integrando de 0 a t (3.12), obtemos
Considerando-se que: e |∆u 1m | são limitadas, podemos reescrever (3.13):
Aplicando a desigualdade de Gronwall (2.6) neste último resultado, obtemos , em que C 8 é constante positiva independente de ε, δ, m e t. Podemos, então, afirmar que:
-
Est3-a) é limitada em L ∞(0, T ; L 2(Ω))
-
Est3-b) é limitada em L ∞(0, T ; L 2(Ω))
-
Est3-c) é limitada em L ∞(0, T ; H 2(Ω))
-
Est3-d) é limitada em L 2(0, T ; L 2(Ω))
-
Est3-e) é limitada em L ∞(0, T ; L 2(Ω))
3.3 Passagem ao Limite
Das estimativas anteriores, (Est2-d), (Est3-c), (Est3-d) e (Est1-e)
-
(u εδm ) é limitada em
-
é limitada em
-
é limitada em L 2(0, T ; L 2(Ω))
-
é limitado em L 2(0, T ; L 2(Ω))
Podemos então extrair uma subsequência de (u εδm ), a qual denotaremos por (u εδν ), tal que
-
L1) em
-
L2) em
-
L3) em L 2(0, T ; L 2(Ω))
-
L4) em L ∞(0, T ; L 2(Ω))
-
L5) em L ∞(0, T ; L 2(Ω))
-
L6) em L ∞(0, T ; L 2(Ω))
-
L7) em L 2(0, T ; L 2(Ω))
Convergência da função M:
Lema da Compacidade de Aubin-Lions: Sejam 1 < p 0 , p 1 < ∞ e B 0 , B, B 1 espaços de Banach sendo que B 0 e B 1 são reflexivos tais que ( indica imersão compacta). Para 0 < T < ∞, consideremos o espaço
, com a norma
. Então:
-
(I) W é um espaço de Banach
-
(II)
Dem.: Ver 77 J.L. Lions. “Quelques méthodes de résolution des problemes aux limites non linéaires”. Dunod (1969).
Se fizermos e com a norma
concluimos que,
-
i)
-
ii) (u εδν ) é limitada em W(0, T)
pois
-
em
-
em
De i) e ii), concluimos que existe uma subsequência de (u εδν ), que continuaremos denotando por (u εδν ), tal que
-
iii) em
-
iv) em
De (iii) e (iv) e da continuidade da função
De em em
Portanto, podemos concluir também que
Isto conclui a convergência da função M.
Multiplicando a equação aproximada em (3.1) por θ ∈ 𝒟(0, T), fixando m 0 e integrando de 0 a T, obtemos, para
Tomando o limite com ν → ∞ e observando as convergências (L 1) a (L 7) e a convergência da função M, obtemos:
Lembrando que , podemos reescrever (3.15):
Segue daí que:
Concluimos de (3.16) que , isto é , , ou ainda, e desde que , então
3.4 Condições Iniciais
Da convergência (L2), obtemos em . Portanto, podemos afirmar que:
Fazendo , com e , tal que θ(0) = 1 e θ(T) = 0, em (3.17), obtemos: . Integrando por partes:
Da convergência (L1), obtemos em L ∞(0, T; L 2(Ω)). Portanto, podemos afirmar que
Assim, observando que , podemos reescrever (3.20):
Sabemos também que,
em em em L 2(Ω), isto é,
Portanto, de (3.21) e de (3.22), podemos escrever:
Além disso, da unicidade dos limites, de (3.19) e (3.23), concluimos que:
, e portanto, . Da mesma forma podemos concluir que
Isto conclui a demonstração do Lema (3.1).
3.5 Demonstração do Teorema 3.1
3.5.1 Existência de Soluções
Com base nas proposições (2.3) e (2.4), nas convergências de (L1) a (L7) e em (3.17), obtemos
Em que C i são constantes positivas independentes de ε, δ, ν e t para i ∈ {9,..., 16}
De (3.24) a (3.31), podemos afirmar que existe uma subsequência de (u εδ ) que continuaremos denotando por (u εδ ), tal que
Novamente, usando o Lema da Compacidade de Aubin-Lions, encontramos uma convergência forte para (u εδ ), isto é,
Decorre de (3.32) a (3.39) e de (3.40) que tomando o limite ε → 0 na equação (A4L1) do Lema (3.1), obtemos
Repetindo o processo usado de (3.24) a (3.40), podemos afirmar que existe uma subsequência de (u δ ), que continuaremos denotando por (u δ ), tal que
Portanto, concluimos de (3.42), (3.43) e (3.44) que (A1T), (A2T) e (A3T) do Teorema (3.1) são satisfeitos. Resta-nos mostrar que u é solução da desigualdade (A4T) e que .
-
1º) u é solução da desigualdade (A4T) do Teorema (3.1). De fato,
Na equação (3.41), fazendo , com e integrando de 0 a T, obtemos:
Note que , pois v(t) ∈ N e β é monótono. Logo, podemos reescrever a equação (3.50) acima:
Agora, fazendo a passagem do limite quando δ → 0 em (3.51) e considerando a estimativa I, a continuidade de M e o Lema da compacidade de Aubin-Lions, concluimos que (3.51) converge para (A4T):
Isto mostra que u é solução da desigualdade (A4T) do Teorema (3.1).
-
2º) . De fato, da estimativa I, sabemos que:
Da proposição (2.5) e da definição (2.1), .
Portanto, fazendo e integrando de 0 a T, obtemos por (3.52):
Tomando o limite quando
Pelo Lema da compacidade de Aubin-Lions,
Pela continuidade do para m → ∞
Portanto,
Tomando o limite quando ε → 0 em (3.54) e seguindo o mesmo raciocínio para a sequência (u εδ ) obtemos
Agora, tomando o limite quando δ → 0 em (3.55), obtemos
Segue que
Pela continuidade da β, temos
Por (3.57) e (3.58) e pela unicidade dos limites, . O que implica dizer que
3.5.2 Unicidade da solução
Sejam u 1 e u 2 soluções de (A4T) no teorema (3.1). Logo podemos escrever
Fazendo na desigualdade (3.59), e na desigualdade (3.60) e somando os resultados, sendo t um ponto arbitrário de (0, T) ,teremos:
Fazendo u 2 − u 1 = w, somando e subtraindo em (3.61), obtemos:
Segue de (3.62) que:
Sabemos que |u(t)|, |u ′(t)| e |∆u(t)| são limitadas. Sabemos também pela hipótese (ℋ3) que a função M é continuamente diferenciável em [0, ∞). Isto nos permite aplicar o Teorema do Valor Médio:
Além disso,
Agora, aplicando (3.64) e (3.65) em (3.63), obtemos:
Note que w(0) = w ′(0) = 0. Logo, aplicando em (3.66), obtemos:
com 0 < α < 1 e C i constantes positivas.
Pela hipótese (H 3) e observação (2.1), .
Aplicando este resultado em (3.67), obtemos:
com e 0 < 1 - α < 1
Podemos, então, reescrever essa última desigualdade:
Aplicando a desigualdade de Gronwall em (3.68), obtemos
Isto implica dizer que , e portanto, w(t) = 0 q.s. em [0, T].
Desde que w é contínua em [0, T], , isto é, u 1 = u 2.
Isto demonstra a unicidade de solução.
REFERÊNCIAS
-
1V.J.V. Becerra. “Solução Local Para um Problema não Linear Unilateral”. Ph.D. thesis, Dissertaçao de Mestrado. UFRJ (1987).
-
2H. Brezis. Analyse fonctionnelle, Théorie et applications, Collection mathématiques appliquées pour la mâıtrise, 1992 (1987).
-
3Y. Ebihara. Modified variational inequalities to semilinear wave equations. Nonlinear Analysis: Theory, Methods & Applications, 7(8) (1983), 821-826.
-
4Y. Ebihara, M.M. Miranda & L. Medeiros. On a variational inequality for a nonlinear operator of hyperbolic type. Boletim da Sociedade Brasileira de Matemática-Bulletin/Brazilian Mathematical Society, 16(2) (1985), 41-55.
-
5J. Ferreira. On a variational inequality for a hyperbolic-parabolic equation with a lipschitzian nonlinearity. Proyecciones (Antofagasta, On line), 16(2) (1997), 125-139.
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6D. Kinderlehrer & G. Stampacchia. “An introduction to variational inequalities and their applications”. SIAM (2000).
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7J.L. Lions. “Quelques méthodes de résolution des problemes aux limites non linéaires”. Dunod (1969).
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8J.L. Lions & G. Stampacchia. Variational inequalities. Communications on pure and applied mathematics, 20(3) (1967), 493-519.
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9L. Medeiros & M.M. Miranda. Local solutions for a nonlinear unilateral problem. Revue Roumaine de Mathematiques Pures et Appliquées, 31(5) (1986), 371-382.
-
10S. Mikhlin. Variational methods in mathematical physics (Gosudarstv. Izdat. Tekhn.-Teor. Lit., Moscow). English transl: Pergamon Press, Oxford, (1964).
-
11D. Pereira. “Existência, Unicidade e Comportamento Assintótico das Soluçoes da Equação Não-Linear da Viga”. Ph.D. thesis, Doctoral Thesis. IM-UFRJ (1987).
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12G. Stampacchia. Formes bilinéaires coercitives sur les ensembles convexes. Comptes Rendus Hebdomadaires Des Seances De L Academie Des Sciences, 258(18) (1964), 4413.
-
13S. Woinowsky-Krieger. The effect of an axial force on the vibration of hinged bars. Journal of Applied Mechanics, (1950).
-
1
De acordo com Mikhlin (10) temos satisfeito que: (2.1)
Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
13 Maio 2024 -
Data do Fascículo
2024
Histórico
-
Recebido
30 Maio 2021 -
Aceito
22 Out 2023