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Desigualdade Variacional da Equação Não-Linear Degenerada de Vibrações da Viga

RESUMO

Estudamos neste artigo existência e unicidade de solução fraca global para a inequação variacional não linear degenerada

K x , t u " + Δ 2 u + M u 2 - Δ u + u ' f u 0 = u 0 u ' 0 = u 1 u Σ = u η Σ = 0

em que K(x, t) é uma função definida em Q=Ω×]0,T[,K(x,t)0 para todo (x,t)Q, M uma função real contínua com propriedades específicas e f pertence a classe de funções L20,T;H01(Ω). Usaremos o Método de Faedo-Galerkin, operador monótono e Compacidade para provar a existência e a unicidade de soluções fracas.

Palavras-chave:
operador de penalização; desigualdade variacional; método de Galerkin

ABSTRACT

In this article, we study the existence and uniqueness of a global weak solution for the degenerate nonlinear variational inequality

K x , t u " + Δ 2 u + M u 2 - Δ u + u ' f u 0 = u 0 u ' 0 = u 1 u Σ = u η Σ = 0

where K(x, t) is a function defined on Q=Ω×]0,T[,K(x,t)0 para todo (x,t)Q, M a continuous real function with specific properties and f belongs to the class of functions L20,T;H01(Ω). We will use the Faedo-Galerkin method, monotone operator and Compactness to prove the existence and uniqueness of weak solutions.

Keywords:
penalty operator; variational inequality; Galerkin method

INTRODUÇÃO

O estudo das desigualdades variacionais foi iniciado por Stampacchia 1212 G. Stampacchia. Formes bilinéaires coercitives sur les ensembles convexes. Comptes Rendus Hebdomadaires Des Seances De L Academie Des Sciences, 258(18) (1964), 4413., Lions-Stampacchia 88 J.L. Lions & G. Stampacchia. Variational inequalities. Communications on pure and applied mathematics, 20(3) (1967), 493-519., Brezis 22 H. Brezis. Analyse fonctionnelle, Théorie et applications, Collection mathématiques appliquées pour la mâıtrise, 1992 (1987). e também por Kinderlehrer-Stampacchia 66 D. Kinderlehrer & G. Stampacchia. “An introduction to variational inequalities and their applications”. SIAM (2000).. Em Lions 77 J.L. Lions. “Quelques méthodes de résolution des problemes aux limites non linéaires”. Dunod (1969)., nós podemos encontrar o mesmo tipo de problema para um operador não linear do tipo hiperbólico, elíptico e parabólico mas em um caso não degenerado. A degeneração de equação hiperbólica não linear traz dificuldades no caso de domínio cilíndrico, pois a geometria do domínio afeta a exatidão do problema. A existência e unicidade de soluções fracas regulares local e global em domínios cilíndricos para outros modelos encontramos em vários trabalhos, por exemplo, 55 J. Ferreira. On a variational inequality for a hyperbolic-parabolic equation with a lipschitzian nonlinearity. Proyecciones (Antofagasta, On line), 16(2) (1997), 125-139.), (99 L. Medeiros & M.M. Miranda. Local solutions for a nonlinear unilateral problem. Revue Roumaine de Mathematiques Pures et Appliquées, 31(5) (1986), 371-382.), (1212 G. Stampacchia. Formes bilinéaires coercitives sur les ensembles convexes. Comptes Rendus Hebdomadaires Des Seances De L Academie Des Sciences, 258(18) (1964), 4413.), (88 J.L. Lions & G. Stampacchia. Variational inequalities. Communications on pure and applied mathematics, 20(3) (1967), 493-519.), (66 D. Kinderlehrer & G. Stampacchia. “An introduction to variational inequalities and their applications”. SIAM (2000).), (33 Y. Ebihara. Modified variational inequalities to semilinear wave equations. Nonlinear Analysis: Theory, Methods & Applications, 7(8) (1983), 821-826.) e (44 Y. Ebihara, M.M. Miranda & L. Medeiros. On a variational inequality for a nonlinear operator of hyperbolic type. Boletim da Sociedade Brasileira de Matemática-Bulletin/Brazilian Mathematical Society, 16(2) (1985), 41-55..

O movimento transversal de viga extensível de comprimento L, com extremos presos a uma certa distncia fixa pode ser modelado pela equação

2 u t 2 + ρ 4 u x 4 + σ + 0 L u ξ 2 ( ξ , t ) d ξ - 2 u x 2 = 0 (1.1)

que foi proposto por Woinowsky-Krieger 1313 S. Woinowsky-Krieger. The effect of an axial force on the vibration of hinged bars. Journal of Applied Mechanics, (1950)., onde ρ é uma constante positiva, σ uma constante não necessariamente positiva e o termo não-linear representa a mudança na tensão da viga devido a sua extensibilidade.

A formulação abstrata de (1.1) é dada pela equação

u ' ' + ρ A 2 u + M ( | A 1 2 u | 2 ) A u = 0 (1.2)

Onde A é um operador auto-adjunto não limitado de um espaço de Hilbert H e M uma função real.

Encontramos no capítulo 3 de Pereira 1111 D. Pereira. “Existência, Unicidade e Comportamento Assintótico das Soluçoes da Equação Não-Linear da Viga”. Ph.D. thesis, Doctoral Thesis. IM-UFRJ (1987). o estudo da existência e unicidade de solução do problema misto no cilindro finito Q=Ω×]0,T[ de n+1 , para a equação

k ( x , t ) u ' ' + Δ 2 u + M ( Ω | u | 2 d x ) ( - Δ u ) + u ' = 0 (1.3)

Onde K(x, t) é uma função definida em Q, K(x,t)0 para todo (x,t)Q, M uma função contínua e outras propriedades, o qual é um problema relacionado com a equação (1.1).

O objetivo principal deste trabalho é estudar a existência e unicidade de soluções fracas globais para o problema (P), abaixo:

P K x , t u " + Δ 2 u + M u 2 - Δ u + u ' f em Q u 0 = u 0 , u ' 0 = u 1 em Ω u Σ = u v Σ = 0 (1.4)

Trata-se de uma desigualdade variacional baseada na equação (1.3), onde Ω denota um aberto limitado do ℝn , n ≥ 1, com fronteira Ω=Γ regular. Para cada número real fixo, porém arbitrário T > 0, Q denota o cilindro Q=Ω×]0,T[ com fronteira lateral Σ=Γ×]0,T[,K(x,t)0 é uma função definida em Q, M é uma função real com certas propriedades e fL20,T;H01(Ω).

2. RESULTADOS E HIPÓTESES

Seja N={vL2(Ω);v0 q.s em Ω} o conjunto fechado e convexo de L 2(Ω) com 0 ∈ N o qual tem a seguinte propriedade:

Existe uma contração ρ:, isto é, |ρ(y1)-ρ(y2)||y1-y2|, com ρ(0) = 0, tal que (PNv)(x)=ρ(v(x)),vL2(Ω), onde P N é o operador projeção de L 2(Ω) em N.

Definição 2.1.Definimos o operador de penalizaçãoβ:L2(Ω)L2(Ω), por β = IP N , isto é,βv=v-PNv,vL2(Ω), ou ainda,(βv)(x)=v(x)-ρ(v(x))

Proposição 2.1.Afirmamos que β é monótono, ou seja,(βu-βv,u-v)0e Lipschitziano, isto é,|β(u)-β(v)|α|u-v|.

Proposição 2.2.Sendo β lipschitziano, então β é contínuo e β (S) é limitado para qualquer subconjunto limitadoSL2(Ω). Além disso, consideraremos também queβ(v)=0vN, isto é, ker β = N

Proposição 2.3.Seja E um espaço de Banach e (x n ) uma sucessão em E. Então:

  • (I) [ x n x em σ ( E , E ' ) ] [ f , x n f , x , f E ' ]

  • (II) Se x n → x fortemente, então x n ⇀ x fracamente para σ (E, E )

  • (III) Se x n ⇀ x fracamente para σ (E, E ), então ∥x n ∥ é limitada e x lim inf x n

  • (IV) Se xn⇀ x fracamente em σ (E, E) e se fn→ f fortemente em E(isto é,fn-fE'0), entãofn,xnf,x. Demonstração: veja 22 H. Brezis. Analyse fonctionnelle, Théorie et applications, Collection mathématiques appliquées pour la mâıtrise, 1992 (1987).

Proposição 2.4.Seja E um espaço de Banach e ( f n ) uma sucessão em E .

  • (I) [ f n f em σ ( E ' , E ) ] [ f n , x f , x , x E ]

  • (II) Se fnf forte, então f n ⇀ f em σ(E , E ′′)

  • (III) Se fn⇀ f em σ(E, E′′), entãofnfem σ(E, E)

  • (IV) Sefnfem σ(E, E), entãof nesta limitada eflim inffn.

  • (V) Se Sefnfem σ(E, E) e se xnx fortemente em E, entãofn,xnf,x. Demonstração: veja 22 H. Brezis. Analyse fonctionnelle, Théorie et applications, Collection mathématiques appliquées pour la mâıtrise, 1992 (1987).

Proposição 2.5.SejaN={vL2(Ω); v0 q.sem Ω}um convexo fechado do L2(Ω). Portanto, sewL2(Ω), então existe um únicoPNwNtal que

  • i)|w-PNw||w-v|,vN.

A desigualdade i) é equivalente a

  • ii) P N w N

( w - P N w , v - P N w ) 0 , v N , em que P N w é a projeção de w sobre N.

Demonstração: veja 22 H. Brezis. Analyse fonctionnelle, Théorie et applications, Collection mathématiques appliquées pour la mâıtrise, 1992 (1987).

Proposição 2.6.(Desigualdade de Gronwall): Seg:[t0,t1]eh:[t0,t1]são contínuas tais queg(t)0;h(t)0eg(t)C0+Ct0th(s)g(s)ds,t[t0,t1]com C ≥ 0 e C > 0 , entãog(t)C0eCt0th(s)ds.

Assumiremos as seguintes hipóteses:

  • 1) KC1(0,T;H01(Ω)L(Ω)) com K(x,t)0,(x,t)Ω×]0,T[ e γ>0 tal que K(x,0)γ>0

  • 2) Ktα+C(α)K,α>0

  • 3) MC1([0,]) com M(λ)-σ,λ0;0<σ<λ1; sendo λ 1 o primeiro valor próprio de Δ2u-λ(-Δu)=0.1 1 De acordo com Mikhlin (10) temos satisfeito que: λ1=infu∈H02(Ω)|-Δu|2|-Δ1/2u|2>0 (2.1)

  • 4) Seja β:L2(Ω)L2(Ω) o operador de penalização definido por β=I-PN , onde P N é o operador projeção de L 2(Ω) em N, dado por (PNv)(x)=ρ(v(x)),vL2(Ω).

3 RESULTADO PRINCIPAL

Teorema 3.1. Nas hipóteses ℋ 1 a ℋ 4 , se u 0 H 0 2 ( Ω ) H 4 ( Ω ) , u 1 H 0 2 ( Ω ) N , f e f ' L 2 ( 0 , T ; H 0 1 ( Ω ) ) , então existe uma única função u : [ 0 , T ] L 2 ( Ω ) tal que:

  • A1T) u L ( 0 , T ; H 0 2 ( Ω ) H 4 ( Ω ) )

  • A2T) u ' L ( 0 , T ; H 0 2 ( Ω ) ) ; u ' ( t ) N q . t . p t ( 0 , T )

  • A3T) u ' ' L 2 ( 0 , T ; L 2 ( Ω ) )

  • A4T) 0 T ( k ( x , t ) u ' ' , v - u ' ) d t + 0 T ( - Δ u , - Δ ( v - u ' ) ) d t + 0 T M ( u 2 ) ( - Δ u , v - u ' ) d t + 0 T ( u ' , v - u ' ) d t 0 T ( f , v - u ' ) d t v L 2 ( 0 , T ; H 0 1 ( Ω ) ) , v ( t ) N q . t . p t ( 0 , T )

  • A5T) u ( 0 ) = u 0 e u ' ( 0 ) = u 1

O teorema (3.1) será uma consequência do lema (3.1)

Lema 3.1.Nas mesmas condições do teorema (3.1), para cada 0 < ε < 1 e δ > 0 existe uma função u εδ definida em Q tal que:

  • A1L1) u ε δ L ( 0 , T ; H 0 2 ( Ω ) H 4 ( Ω ) )

  • A2L1) u ' ε δ L ( 0 , T ; H 0 2 ( Ω ) )

  • A3L1) u ' ' ε δ L 2 ( 0 , T ; L 2 ( Ω ) )

  • A4L1)(k+ε)u''εδ+Δ2uεδ+M(uεδ2)(-Δuεδ)+u'εδ+1δβ(u'εδ)=fem L2(Q)

  • A5L1) u ε δ ( 0 ) = u 0 e u ε δ ' ( 0 ) = u 1

3.1 Problema Aproximado Perturbado e Penalizado

Considere o problema pertubado penalizado

(k+ε)u''εδ+Δ2uεδ+M(uεδ2)(-Δuεδ)+u'εδ+1δβ(u'εδ)=f em L2(0,T;H01(Ω)), fixados ε ∈ ℝ e δ ∈ ℝ com ε ∈ (0, 1) e δ > 0.

Seja (w ν )ν∈ℕ uma sequência de H02(Ω) formada pelas auto-funções de −∆, isto é, -Δwν=λνwν,wνΓ=wνηΓ=0 e 0 < λ1 < λ2 < ... < divergindo para +∞.

A seguir usaremos o método de Faedo Galerkin para obter soluções u εδ do problema pertubado penalizado.

Considere Vm=[w1,w2,...,wm] o subespaço gerado pelas m primeiras funções (w ν )ν∈N . Para cada m ∈ ℕ, considere a função:

uεδm(x,t)=j=1mgεδmj(t)wj(x)Vm tal que

( P A ) ( ( k + ε ) u ε δ m ' ' ' ( t ) , w j ) + ( - Δ u ε δ m , - Δ w j ) + M ( | u ε δ m ( t ) | 2 ) ( - Δ u ε δ m , w j ) + ( u ' ε δ m ( t ) , w j ) + 1 δ ( β ( u ' ε δ m ( t ) ) , w j ) = ( f , w j ) , w j V m u ε δ m ( 0 ) = u 0 m u 0 em H 0 2 ( Ω ) H 4 ( Ω ) u ' ε δ m ( 0 ) = u 1 m u 1 em H 0 2 ( Ω ) N onde N = { v L 2 ( Ω ) ; v 0 q.s em Ω } (3.1)

Pelo Teorema de Carathéodory o sistema (3.1) tem solução local em [0,tm),0<tm<T. As estimativas a priori nos permitirão extender a solução aproximada u εδm (t) para o intervalo [0, T].

3.2 Estimativas à priori

3.2.1 Estimativa I

Fazendo wj=u'εδm(t) em (3.1), obtemos

( ( K + ε ) u ε δ m ' ' ( t ) , u ε δ m ' ( t ) ) + ( - Δ u ε δ m ( t ) , - Δ u ε δ m ' ( t ) ) + M ( u ε δ m ( t ) 2 ) ( - Δ u ε δ m ( t ) , u ε δ m ' ( t ) ) + ( u ε δ m ' ( t ) , u ε δ m ' ( t ) ) + 1 δ ( β ( u ε δ m ' ( t ) ) , u ε δ m ' ( t ) ) = ( f ( t ) , u ε δ m ' ) (3.2)

Usando propriedades da função M, a monoticidade do β , a desigualdade de Cauchy-Schwartz, a desigualdade elementar 2aba 2 + b 2, a observação (2.1) e as hipóteses (ℋ1) a (ℋ4) em (3.2), obtemos

( K , u ε δ m ' 2 ( t ) ) + ε | u ε δ m ' ( t ) | 2 + 1 - σ λ 1 | Δ u ε δ m ( t ) | 2 + ( 1 - α ) 0 t | u ε δ m ' ( s ) | 2 d s C 0 + C ( α ) 0 t ( k , u ε δ m ' 2 ( s ) ) d s

sendo 0 < α < 1 e C 0 constante positiva independente de ε, δ, m e t.

E pela desigualdade de Gronwall (2.6):

( K , u ε δ m ' 2 ( t ) ) + ε | u ε δ m ' ( t ) | 2 + 1 - σ λ 1 | Δ u ε δ m ( t ) | 2 + ( 1 - α ) 0 t | u ε δ m ' ( s ) | 2 d s C , (3.3)

sendo C constante positiva independente de ε, δ, m e t.

Portanto, concluimos que as seguintes sequências são limitadas:

  • Est1-a)(K1/2uεδm') é limitada em L (0, T; L 2(Ω))

  • Est1-b)(εuεδm'(t)) é limitada em L (0, T; L 2(Ω))

  • Est1-c) (u εδm ) é limitada em L(0,T;H02(Ω))

  • Est1-d)(uεδm'(t)) é limitada em L 2(0, T; L 2(Ω))

  • Est1-e)(β(uεδm'(t))) é limitado em L 2(0, T; L 2(Ω))

3.2.2 Estimativa II

Fazendo w=-Δuεδm'(t) em (3.1), usando a 1ª Identidade de Green, equivalências de normas, desigualdade de Cauchy-Schwartz, desigualdade elementar e as hipóteses (ℋ1) a (ℋ4), obtém-se

( k u ε δ m ' ' ( t ) , - Δ u ε δ m ' ( t ) ) + ε ( u ε δ m ' ' ( t ) , - Δ u ε δ m ' ( t ) ) + ( - Δ u ε δ m ( t ) , - Δ ( - Δ u ε δ m ' ( t ) ) ) + M ( u ε δ m ( t ) 2 ) ( - Δ u ε δ m ( t ) , - Δ u ε δ m ' ( t ) ) + ( u ε δ m ' ( t ) , - Δ u ε δ m ' ( t ) ) + 1 δ ( β ( u ε δ m ' ( t ) ) , - Δ u ε δ m ' ( t ) ) = ( f , - Δ u ε δ m ' ( t ) ) (3.4)

Consequentemente, podemos escrever

( k u ε δ m ' ' ( t ) , - Δ u ε δ m ' ( t ) ) = ( ( k u ε δ m ' ' ( t ) , u ε δ m ' ( t ) ) ) ( u ε δ m ' ' ( t ) , - Δ u ε δ m ' ( t ) ) = ε ( ( u ε δ m ' ' ( t ) , u ε δ m ' ( t ) ) ) ( - Δ u ε δ m ( t ) , - Δ ( - Δ u ε δ m ' ( t ) ) ) = ( ( - Δ u ε δ m ( t ) , - Δ u ε δ m ' ( t ) ) ) ( - Δ u ε δ m ( t ) , - Δ u ε δ m ' ( t ) ) = ( ( - Δ u ε δ m ( t ) , u ε δ m ' ( t ) ) ) ( u ε δ m ' ( t ) , - Δ u ε δ m ' ( t ) ) = ( ( u ε δ m ' ( t ) , u ε δ m ' ( t ) ) ) ( β ( u ε δ m ' ( t ) ) , - Δ u ε δ m ' ( t ) ) = ( ( β ( u ε δ m ' ( t ) ) , u ε δ m ' ( t ) ) ) ( f , - Δ u ε δ m ' ( t ) ) = ( ( f , u ε δ m ' ( t ) ) )

Fazendo-se as devidas substituições em (3.4), obtemos:

( ( k u ε δ m ' ' ( t ) , u ε δ m ' ( t ) ) ) + ε ( ( u ε δ m ' ' ( t ) , u ε δ m ' ( t ) ) ) + ( ( - Δ u ε δ m ( t ) , - Δ u ε δ m ' ( t ) ) ) + M ( u ε δ m ' ( t ) 2 ) ( ( - Δ u ε δ m ( t ) , u ε δ m ' ( t ) ) ) + ( ( u ε δ m ' ( t ) , u ε δ m ' ( t ) ) ) + 1 δ ( ( β ( u ε δ m ' ( t ) ) , u ε δ m ' ( t ) ) ) = ( ( f ( t ) , u ε δ m ' ( t ) ) ) (3.5)

Lema 3.2.Se g: ℝ → ℝ é uma função Lipschitziana e não decrescente com g(0) = 0, então(g(u),-Δu)0,uH01(Ω)H2(Ω). Proof. Ver 22 H. Brezis. Analyse fonctionnelle, Théorie et applications, Collection mathématiques appliquées pour la mâıtrise, 1992 (1987). e 11 V.J.V. Becerra. “Solução Local Para um Problema não Linear Unilateral”. Ph.D. thesis, Dissertaçao de Mestrado. UFRJ (1987).

Portanto, pelo lema (3.2) acima, (β(uεδm'(t)),uεδm'(t))0. Segue de (3.5) que:

( ( K u ε δ m ' ' ( t ) , u ε δ m ' ( t ) ) ) + ε ( ( u ε δ m ' ' ( t ) , u ε δ m ' ( t ) ) ) + ( ( - Δ u ε δ m ( t ) , - Δ u ε δ m ' ( t ) ) ) + M ( u ε δ m ' ( t ) 2 ) ( ( - Δ u ε δ m ( t ) , u ε δ m ' ( t ) ) ) + ( ( u ε δ m ' ( t ) , u ε δ m ' ( t ) ) ) ( ( f ( t ) , u ε δ m ' ( t ) ) ) (3.6)

Note que:

K t , u ε δ m ' 2 ( t ) K t , u ε δ m ' 2 ( t ) ( ( α + C ( α ) K , u ε δ m ' 2 ( t ) ) ) = α u ε δ m ' ( t ) 2 + C ( α ) ( ( K , u ε δ m ' 2 ( t ) ) )

Portanto, integrando (3.6) de 0 a t, obtemos:

( ( K , u ε δ m ' 2 ( t ) ) ) + ε u ε δ m ' ( t ) 2 + Δ u ε δ m ( t ) 2 + ( 1 - α ) 0 t u ε δ m ' ( s ) 2 d s 0 t f ( s ) 2 d s + C ( α ) 0 t ( ( K , u ε δ m ' 2 ( s ) ) ) d s + 2 0 t | M ( u ε δ m ( t ) 2 ) | Δ u ε δ m ( t ) u ε δ m ' ( t ) d s + | ( ( K ( 0 ) , u 1 m 2 ) ) | + ε u 1 m 2 + Δ u 0 m 2 . (3.7)

Como já verificamos, (u εδm ) é limitada em L(0,T;H02(Ω))L(0,T;H01(Ω)). Logo, uεδm(t)2 é limitada. Portanto, pela continuidade da M, podemos tomar

C 1 = max 0 < λ < u ε δ m ( t ) 2 | M ( λ ) | .

Podemos então escrever:

2 0 t | M ( u ε δ m ( s ) 2 ) | Δ u ε δ m ( t ) u ε δ m ' ( t ) d s 2 0 t C 1 Δ u ε δ m ( s ) u ε δ m ' ( s ) d s .

Além disso, usando a desigualdade elementar, temos

2 C 1 Δ u ε δ m ( s ) α α u ε δ m ' ( s ) C 1 2 Δ u ε δ m ( s ) 2 α + α u ε δ m ' ( s ) 2 .

Substituindo estes resultados em (3.7), obtemos

( ( K , u ε δ m ' 2 ( t ) ) ) + ε u ε δ m ' ( t ) 2 + Δ u ε δ m ( t ) 2 + ( 1 - α ) 0 t u ε δ m ' ( s ) 2 d s 0 t f ( s ) 2 d s + C ( α ) 0 t ( ( K , u ε δ m ' 2 ( s ) ) ) d s + 0 t C 1 2 α Δ u ε δ m ( s ) 2 d s + 0 t α u ε δ m ' ( s ) 2 d s + | ( ( K ( 0 ) , u 1 m 2 ) ) | + ε u 1 m 2 + Δ u 0 m 2 (3.8)

Note que (3.1) garante que ∥∆u 0m ∥ e ∥u 1m ∥ são limitadas e, além disso, observando (ℋ1), temos que

| ( ( K ( 0 ) , u 1 m 2 ) ) | K ( 0 ) u 1 m 2 sup x Ω e s s K ( 0 ) u 1 m 2 sup x Ω e s s K ( 0 ) u 1 2 .

Portanto, |((K(0),u1m2))| é limitado. Note também que ∥f(t)∥2 é limitado, pois fL2(0,T;H01(Ω)). Dessa maneira, podemos reescrever (3.8):

( ( K , u ε δ m ' 2 ( t ) ) ) + ε u ε δ m ' ( t ) 2 + Δ u ε δ m ( t ) 2 + ( 1 - 2 α ) 0 t u ε δ m ' ( t ) 2 d s C 2 + C 3 0 t ( ( K , u ε δ m ' 2 ( t ) ) ) + Δ u ε δ m ( t ) 2 d s , com 0 < α < 1 2 (3.9)

Aplicando a desigualdade de Gronwall (2.6):

( ( K , u ε δ m ' 2 ( t ) ) ) + ε u ' ε δ m ( t ) 2 + Δ u ε δ m ( t ) 2 + ( 1 - 2 α ) 0 t u ε δ m ' ( t ) 2 d s C 4 (3.10)

Onde C 4 é constante positiva independente de ε, δ , m e t. Concluimos então que:

  • Est2-a)(k1/2uεδm') é limitada em L(0,T;H01(Ω))

  • Est2-b)(εuεδm') é limitada em L(0,T;H01(Ω))

  • Est2-c)(uεδm'(t)) é limitado em L(0,T;H01(Ω))

  • Est2-d)(uεδm(t)) é limitada em L(0,T;H02(Ω)H3(Ω))

3.2.3 Estimativa III

Derivando a equação aproximada em PA (3.1) em relação a t, fazendo w=uεδm''(t) e aplicando a 1ª identidade de Green, obtemos

( K u ε δ m ' ' ' ( t ) , u ε δ m ' ' ( t ) ) + ( ε u ε δ m ' ' ' ( t ) , u ε δ m ' ' ( t ) ) + K t u ε δ m ' ' ( t ) , u ε δ m ' ' ( t ) + ( - Δ u ε δ m ' ( t ) , u ε δ m ' ' ( t ) ) + M ( u ε δ m ( t ) 2 ) ( - Δ u ε δ m ' ( t ) , u ε δ m ' ' ( t ) ) + 2 ( u ε δ m ( t ) , - Δ u ε δ m ' ( t ) ) M ' ( u ε δ m ( t ) 2 ) ( - Δ u ε δ m ( t ) , u ε δ m ' ' ( t ) ) + ( u ε δ m ' ' ( t ) , u ε δ m ' ' ( t ) ) + 1 δ ( [ β ( u ε δ m ' ( t ) ) ] ' , ( u ε δ m ' ( t ) ) ' ) = ( f ' ( t ) , u ε δ m ' ' ( t ) ) (3.11)

Levando-se em consideração a monoticidade do β , podemos reescrever (3.11):

d d t ( K , u ε δ ) m ' ' ( t ) + ε | u ε δ m ' ' ( t ) | 2 + | Δ u ε δ m ' ( t ) | 2 + 2 | u ε δ m ' ' ( t ) | 2 2 ( f ' ( t ) , u ε δ m ' ' ( t ) ) + K t , u ε δ m ' ' 2 ( t ) + 2 | M ( u ε δ m ( t ) 2 ) | | ( - Δ u ε δ m ' ( t ) , u ε δ m ' ' ( t ) ) | + 4 | ( u ε δ m ( t ) , - Δ u ε δ m ' ( t ) ) | | M ' ( u ε δ m ( t ) 2 ) | | ( - Δ u ε δ m ( t ) , u ε δ m ' ' ( t ) ) | (3.12)

Além disso, por (ℋ2),

k t , u ε δ m ' ' 2 ( t ) α | u ε δ m ' ' ( t ) | 2 + C ( α ) ( k , u ε δ m ' ' 2 ( t ) )

Portanto aplicando este resultado, a desigualdade de Cauchy-Schwartz, a desigualdade elementar e integrando de 0 a t (3.12), obtemos

( K , u ε δ m ' ' 2 ( t ) ) + ε | u ε δ m ' ' ( t ) | 2 + | Δ u ε δ m ' ( t ) | 2 + 2 0 t | u ε δ m ' ( t ) | 2 d s 0 t | f ' ( s ) | 2 d s + 0 t | u ε δ m ' ' ( s ) | 2 d s + α 0 t | u ε δ m ' ' ( s ) | 2 d s + C ( α ) 0 t ( K , u ε δ m ' ' 2 ( s ) ) d s + 2 C 1 0 t | Δ u ε δ m ' ( s ) | | u ε δ m ' ' ( s ) | d s + 4 C 5 0 t | Δ u ε δ m ' ( s ) | | u ε δ m ( s ) | | Δ u ε δ m ( s ) | | u ε δ m ' ' ( s ) | d s + | K ( 0 ) | | u ε δ m ' ' ( 0 ) | 2 + ε | u ε δ m ' ' ( 0 ) | 2 + Δ u 1 m ( t ) | 2 (3.13)

Considerando-se que: |uεδm''(0)|,|k(0)||uεδm''(0)|,|uεδm(t)|,|Δuεδm(t)| e |∆u 1m | são limitadas, podemos reescrever (3.13):

( K , u ε δ m ' ' 2 ( t ) ) + ε | u ε δ m ' ' ( t ) | 2 + | Δ u ε δ m ' ( t ) | 2 + ( 1 - 2 α ) 0 t | u ε δ m ' ' ( s ) | 2 d s C 6 + C 7 0 t [ ( k , u ε δ m ' ' 2 ( s ) ) + | Δ u ε δ m ' ( s ) | 2 ] d s

Aplicando a desigualdade de Gronwall (2.6) neste último resultado, obtemos (k,uεδm''2(t))+ε|uεδm''(t)|2+|Δuεδm'(t)|2+(1-2α)0t|uεδm''(s)|2dsC8, em que C 8 é constante positiva independente de ε, δ, m e t. Podemos, então, afirmar que:

  • Est3-a)(k1/2uεδm'') é limitada em L (0, T ; L 2(Ω))

  • Est3-b)(εuεδm'') é limitada em L (0, T ; L 2(Ω))

  • Est3-c)(uεδm') é limitada em L (0, T ; H 2(Ω))

  • Est3-d)(uεδm'') é limitada em L 2(0, T ; L 2(Ω))

  • Est3-e)(kuεδm'') é limitada em L (0, T ; L 2(Ω))

3.3 Passagem ao Limite

Das estimativas anteriores, (Est2-d), (Est3-c), (Est3-d) e (Est1-e)

  • (u εδm ) é limitada em L(0,T;H02(Ω)H3(Ω))

  • (uεδm') é limitada em L(0,T;H02(Ω))

  • (uεδm'') é limitada em L 2(0, T ; L 2(Ω))

  • (β(uεδm')) é limitado em L 2(0, T ; L 2(Ω))

Podemos então extrair uma subsequência de (u εδm ), a qual denotaremos por (u εδν ), tal que

  • L1)uεδνuεδ em L(0,T;H02(Ω)H3(Ω))

  • L2)uεδν'uεδ' em L(0,T;H02(Ω))

  • L3)uεδν''uεδ'' em L 2(0, T ; L 2(Ω))

  • L4)ΔuεδνΔuεδ em L (0, T ; L 2(Ω))

  • L5)εuεδν''εuεδ'' em L (0, T ; L 2(Ω))

  • L6)kuεδν''kuεδ'' em L (0, T ; L 2(Ω))

  • L7)β(uεδν')β(uεδ') em L 2(0, T ; L 2(Ω))

Convergência da função M:

Lema da Compacidade de Aubin-Lions: Sejam 1 < p 0 , p 1 < ∞ e B 0 , B, B 1 espaços de Banach sendo que B 0 e B 1 são reflexivos tais que B0cBB1 (c indica imersão compacta). Para 0 < T < ∞, consideremos o espaço

W={w; wLp0(0,T;B0) e w'Lp1(0,T;B1)}, com a norma

wW=wLP0(0,T;B0)+wLP1(0,T;B1). Então:

  • (I) W é um espaço de Banach

  • (II) WcLP0(0,T;B)

Dem.: Ver 77 J.L. Lions. “Quelques méthodes de résolution des problemes aux limites non linéaires”. Dunod (1969).

Se fizermos B0=H02(Ω)H3(Ω),B=H01(Ω),B1=L2(Ω) e W(0,T)={w;wL2(0,T;H02(Ω)H3(Ω)) e w'L2(0,T;L2(Ω))} com a norma

w W ( 0 , T ) = w L 2 ( 0 , T ; H 0 2 H 3 ( Ω ) ) + w ' L 2 ( 0 , T ; L 2 ( Ω ) )

concluimos que,

  • i) W(0,T)cL2(0,T;H01(Ω))

  • ii) (u εδν ) é limitada em W(0, T)

pois

  • uεδνuεδ em L(0,T;H02(Ω)H3(Ω))L2(0,T;H02(Ω)H3(Ω))

  • uεδν'uεδ' em L(0,T;H02(Ω))L2(0,T;L2(Ω))

De i) e ii), concluimos que existe uma subsequência de (u εδν ), que continuaremos denotando por (u εδν ), tal que

  • iii) uεδν uεδ em L(0,T;H01(Ω))

  • iv) uεδν'uεδ' em L(0,T;H01(Ω))

De (iii) e (iv) e da continuidade da função M(uεδν2)M(uεδ2)

De ΔuεδνΔuεδ em L(0,T;L2(Ω)),ΔuεδνΔuεδ em L2(0,T;L2(Ω))

Portanto, podemos concluir também que

M ( u ε δ ν 2 ) Δ u ε δ ν M ( u ε δ 2 ) Δ u ε δ e m L 2 ( 0 , T ; L 2 ( Ω ) ) (3.14)

Isto conclui a convergência da função M.

Multiplicando a equação aproximada em (3.1) por θ𝒟(0, T), fixando m 0 e integrando de 0 a T, obtemos, para νm0:0T((k+ε)uεδν''(t),w)θ(t)dt+0T(-Δuεδν(t),-Δw)θ(t)dt+0TM(uεδν(t)2)(-Δuεδν(t),w)θ(t)dt+0T(uεδν'(t),w)θ(t)dt+1δ0T(β(uεδν'(t)),w)θ(t)dt=0T(f(t),w)θ(t)dtwVmeθD(0,T)

Tomando o limite com ν → ∞ e observando as convergências (L 1) a (L 7) e a convergência da função M, obtemos:

0 T ( ( k + ε ) u ε δ ' ' ( t ) , w ) θ ( t ) d t + 0 T ( - Δ u ε δ ( t ) , - Δ w ) θ ( t ) d t + 0 T M ( u ε δ ( t ) 2 ) ( - Δ u ε δ ( t ) , w ) θ ( t ) d t + 0 T ( u ε δ ' ( t ) , w ) θ ( t ) d t + 1 δ 0 T ( β ( u ε δ ' ( t ) ) , w ) θ ( t ) d t = 0 T ( f ( t ) , w ) θ ( t ) d t , w V m e θ D ( 0 , T ) (3.15)

Lembrando que z(x,t)=w(x)θ(t)L2(0,T;L2(Ω)), podemos reescrever (3.15):

0 T ( ( k + ε ) u ε δ ' ' ( t ) + Δ 2 u ε δ ( t ) + M ( u ε δ ( t ) 2 ) ( - Δ u ε δ ( t ) ) + u ε δ ' ( t ) + 1 δ β ( u ε δ ' ( t ) ) , z ) d t = 0 T ( f ( t ) , z ) d t , z L 2 ( 0 , T ; L 2 ( Ω ) )

Segue daí que:

( k + ε ) u ε δ ' ' + Δ 2 u ε δ + M ( u ε δ 2 ) ( - Δ u ε δ ) + u ε δ ' + 1 δ β ( u ε δ ' ) = f e m L 2 ( 0 , T ; L 2 ( Ω ) ) (3.16)

Concluimos de (3.16) que Δ2uεδL20,T;L2Ω, isto é , Δ2uεδ(t)L2(Ω), ou ainda, uεδ(t)H4(Ω) e desde que uεδL(0,T;H02(Ω)H3(Ω)), então

u ε δ L ( 0 , T ; H 0 2 ( Ω ) H 4 ( Ω ) ) (3.17)

3.4 Condições Iniciais

Da convergência (L2), obtemos uεδν'uεδ' em L(0,T;L2(Ω)). Portanto, podemos afirmar que:

0 T ( u ε δ ν ' ( t ) , z ) d t 0 T ( u ε δ ' ( t ) , z ) d t , z L 1 ( 0 , T ; L 2 ( Ω ) ) (3.18)

Fazendo z(x,t)=w(x)θ(t), com wL2(Ω) e θC1([0,T]), tal que θ(0) = 1 e θ(T) = 0, em (3.17), obtemos: 0T(uεδν'(t),w)θ(t)dt0T(uεδ'(t),w)θ(t)dt. Integrando por partes:

- ( u 0 ν , w ) - 0 T ( u ε δ ν ( t ) , w ) θ ' ( t ) d t - ( u ε δ ( 0 ) , w ) - 0 T ( u ε δ ( t ) , w ) θ ' ( t ) d t (3.19)

Da convergência (L1), obtemos uεδνuεδ em L (0, T; L 2(Ω)). Portanto, podemos afirmar que

0 T ( u ε δ ν ( t ) , z ) d t 0 T ( u ε δ ( t ) , z ) d t , z L 1 ( 0 , T ; L 2 ( Ω ) ) (3.20)

Assim, observando que z(x,t)=w(x)θ'(t)L1(0,T;L2(Ω)), podemos reescrever (3.20):

0 T ( u ε δ ν ( t ) , w ) θ ' ( t ) d t 0 T ( u ε δ ( t ) , w ) θ ' ( t ) d t , w L 2 ( Ω ) (3.21)

Sabemos também que,

uεδν(0)=u0νu0 em H02(Ω)H4(Ω)u0νu0 em L2(Ω)u0νu0 em L 2(Ω), isto é,

( u 0 ν , w ) ( u 0 , w ) w L 2 ( Ω ) (3.22)

Portanto, de (3.21) e de (3.22), podemos escrever:

- ( u 0 m , w ) - 0 T ( u ε δ m ( t ) , w ) θ ' ( t ) d t - ( u 0 , w ) - 0 T ( u ε δ ( t ) , w ) θ ' ( t ) d t (3.23)

Além disso, da unicidade dos limites, de (3.19) e (3.23), concluimos que:

(uεδ(0),w)=(u0,w), e portanto, uεδ(0)=u0. Da mesma forma podemos concluir que uεδ'(0)=u1

Isto conclui a demonstração do Lema (3.1).

3.5 Demonstração do Teorema 3.1

3.5.1 Existência de Soluções

Com base nas proposições (2.3) e (2.4), nas convergências de (L1) a (L7) e em (3.17), obtemos

u ε δ L ( 0 , T ; H 0 2 ( Ω ) H 4 ( Ω ) ) lim inf u ε δ ν L ( 0 , T ; H 0 2 ( Ω ) H 4 ( Ω ) ) C 9 (3.24)

u ' ε δ L ( 0 , T ; H 0 2 ( Ω ) ) lim inf u ε δ ν ' L ( 0 , T ; H 0 2 ( Ω ) C 10 (3.25)

u ε δ ' ' L 2 ( 0 , T ; L 2 ( Ω ) ) lim inf u ε δ ν ' ' L 2 ( 0 , T ; L 2 ( Ω ) ) C 11 (3.26)

Δ u ε δ L ( 0 , T ; L 2 ( Ω ) ) lim inf Δ u ε δ ν L ( 0 , T ; L 2 ( Ω ) ) C 12 (3.27)

Δ 2 u ε δ L 2 ( 0 , T ; L 2 ( Ω ) ) lim inf Δ 2 u ε δ ν L 2 ( 0 , T ; L 2 ( Ω ) ) C 13 (3.28)

ε u ε δ ' ' L ( 0 , T ; L 2 ( Ω ) ) lim inf ε u ε δ ν ' ' L ( 0 , T ; L 2 ( Ω ) ) C 14 (3.29)

K u ε δ ' ' L ( 0 , T ; L 2 ( Ω ) ) lim inf k u ε δ ν ' ' L ( 0 , T ; L 2 ( Ω ) ) C 15 (3.30)

β ( u ε δ ' ) L 2 ( 0 , T ; L 2 ( Ω ) ) lim inf β ( u ε δ ν ' ) L 2 ( 0 , T ; L 2 ( Ω ) ) C 16 (3.31)

Em que C i são constantes positivas independentes de ε, δ, ν e t para i ∈ {9,..., 16}

De (3.24) a (3.31), podemos afirmar que existe uma subsequência de (u εδ ) que continuaremos denotando por (u εδ ), tal que

u ε δ u δ e m L ( 0 , T ; H 0 2 ( Ω ) H 4 ( Ω ) ) (3.32)

u ' ε δ u δ ' e m L ( 0 , T ; H 0 2 ( Ω ) ) (3.33)

u ε δ ' ' u δ ' ' e m L 2 ( 0 , T ; L 2 ( Ω ) ) (3.34)

Δ u ε δ Δ u δ e m L ( 0 , T ; L 2 ( Ω ) ) (3.35)

Δ 2 u ε δ Δ 2 u δ e m L 2 ( 0 , T ; L 2 ( Ω ) ) (3.36)

ε u ε δ ' ' ε u δ ' ' e m L ( 0 , T ; L 2 ( Ω ) ) (3.37)

K u ε δ ' ' k u δ ' ' e m L ( 0 , T ; L 2 ( Ω ) ) (3.38)

β ( u ε δ ' ) β ( u δ ' ) e m L 2 ( 0 , T ; L 2 ( Ω ) ) (3.39)

Novamente, usando o Lema da Compacidade de Aubin-Lions, encontramos uma convergência forte para (u εδ ), isto é,

u ε δ u δ e m L 2 ( 0 , T ; H 0 1 ( Ω ) ) (3.40)

Decorre de (3.32) a (3.39) e de (3.40) que tomando o limite ε → 0 na equação (A4L1) do Lema (3.1), obtemos

( k u δ ' ' , z ) + ( - Δ u δ , - Δ z ) + M ( u δ 2 ) ( - Δ u δ , z ) + ( u δ ' , z ) + 1 δ β ( u δ ' , z ) = ( f , z ) , z L 2 ( 0 , T ; L 2 ( Ω ) ) (3.41)

Repetindo o processo usado de (3.24) a (3.40), podemos afirmar que existe uma subsequência de (u δ ), que continuaremos denotando por (u δ ), tal que

u δ u e m L ( 0 , T ; H 0 2 ( Ω ) H 4 ( Ω ) ) (3.42)

u ' δ u ' e m L ( 0 , T ; H 0 2 ( Ω ) ) (3.43)

u δ ' ' u ' ' e m L 2 ( 0 , T ; L 2 ( Ω ) ) (3.44)

Δ u δ Δ u e m L ( 0 , T ; L 2 ( Ω ) ) (3.45)

Δ 2 u δ Δ 2 u e m L 2 ( 0 , T ; L 2 ( Ω ) ) (3.46)

ε u δ ' ' ε u ' ' e m L ( 0 , T ; L 2 ( Ω ) ) (3.47)

k u δ ' ' k u ' ' e m L ( 0 , T ; L 2 ( Ω ) ) (3.48)

β ( u δ ' ) β ( u ' ) e m L 2 ( 0 , T ; L 2 ( Ω ) ) (3.49)

Portanto, concluimos de (3.42), (3.43) e (3.44) que (A1T), (A2T) e (A3T) do Teorema (3.1) são satisfeitos. Resta-nos mostrar que u é solução da desigualdade (A4T) e que u'(t)N q.t.p t(0,T).

  • 1º) u é solução da desigualdade (A4T) do Teorema (3.1). De fato,

Na equação (3.41), fazendo z=v-u'δ, vL2(0,T;H01(Ω)), com v(t)N q.t.p t[0,T] e integrando de 0 a T, obtemos:

0 T ( k u δ ' ' , v - u δ ' ) d t + 0 T ( - Δ u δ , - Δ ( v - u δ ' ) ) d t + 0 T M ( u δ 2 ) ( - Δ u δ , v - u δ ' ) d t + 0 T ( u δ ' , v - u δ ' ) d t + 0 T 1 δ ( β ( u δ ' ) , v - u δ ' ) d t = 0 T ( f , v - u δ ' ) d t z L 2 ( 0 , T ; L 2 ( Ω ) ) (3.50)

Note que (β(uδ'),v-uδ')=(β(uδ')-β(v),v-uδ')0, pois v(t) ∈ N e β é monótono. Logo, podemos reescrever a equação (3.50) acima:

0 T ( k u δ ' ' , v - u δ ' ) d t + 0 T ( - Δ u δ , - Δ ( v - u δ ' ) ) d t + 0 T M ( u δ 2 ) ( - Δ u δ , v - u δ ' ) d t + 0 T ( u δ ' , v - u δ ' ) d t 0 T ( f , v - u δ ' ) d t . (3.51)

Agora, fazendo a passagem do limite quando δ → 0 em (3.51) e considerando a estimativa I, a continuidade de M e o Lema da compacidade de Aubin-Lions, concluimos que (3.51) converge para (A4T):

0 T ( k ( x , t ) u ' ' , v - u ' ) d t + 0 T ( - Δ u , - Δ ( v - u ' ) ) d t + 0 T M ( u 2 ) ( - Δ u , v - u ' ) d t + 0 T ( u ' , v - u ' ) d t 0 T ( f , v - u ' ) d t v L 2 ( 0 , T ; H 0 1 ( Ω ) ) , v ( t ) N q . t . p t ( 0 , T )

Isto mostra que u é solução da desigualdade (A4T) do Teorema (3.1).

  • 2º) u'(t)N q.t.p t(0,T). De fato, da estimativa I, sabemos que:

0 1 δ 0 T ( β ( u ε δ m ' ( t ) ) , u ε δ m ' ( t ) ) d t C (3.52)

Da proposição (2.5) e da definição (2.1), |β(w)|2(β(w),w).

Portanto, fazendo w=uεδm'(t) e integrando de 0 a T, obtemos por (3.52): 0T|β(uεδm'(t))|2dt0T(β(uεδm'(t)),uεδm'(t))dtδC

Tomando o limite quando m,limm0T|β(uεδm'(t))|2dtδC

Pelo Lema da compacidade de Aubin-Lions,

u ε δ m ' u ε δ ' e m L 2 ( 0 , T ; L 2 ( Ω ) (3.53)

Pela continuidade do 0t|β(uεδm'(t))|2dt0t|β(uεδ'(t))|2dt para m → ∞

Portanto,

0 t | β ( u ε δ ' ( t ) ) | 2 d t δ C (3.54)

Tomando o limite quando ε → 0 em (3.54) e seguindo o mesmo raciocínio para a sequência (u εδ ) obtemos

0 0 t | β ( u δ ' ( t ) ) | 2 d t δ C (3.55)

Agora, tomando o limite quando δ → 0 em (3.55), obtemos

0 T | β ( u δ ' ( t ) ) | 2 d t 0 , quando δ 0 (3.56)

Segue que

β ( u δ ' ( t ) ) 0 e m L 2 ( 0 , T ; L 2 ( Ω ) ) (3.57)

Pela continuidade da β, temos

β ( u δ ' ( t ) ) β ( u ' ( t ) ) e m L 2 ( 0 , T ; L 2 ( Ω ) ) (3.58)

Por (3.57) e (3.58) e pela unicidade dos limites, β(u'(t))=0. O que implica dizer que u'(t)N q.t.p t(0,T)

3.5.2 Unicidade da solução

Sejam u 1 e u 2 soluções de (A4T) no teorema (3.1). Logo podemos escrever

0 T ( k ( x , t ) u 1 ' ' , v - u 1 ' ) d t + 0 T ( - Δ u 1 , - Δ ( v - u 1 ' ) ) d t + 0 T M ( u 1 2 ) ( - Δ u 1 , v - u 1 ' ) d t + 0 T ( u 1 ' , v - u 1 ' ) d t 0 T ( f , v - u 1 ' ) d t (3.59)

0 T ( k ( x , t ) u 2 ' ' , v - u 2 ' ) d t + 0 T ( - Δ u 2 , - Δ ( v - u 2 ' ) ) d t + 0 T M ( u 2 2 ) ( - Δ u 2 , v - u 2 ' ) d t + 0 T ( u 2 ' , v - u 2 ' ) d t 0 T ( f , v - u 2 ' ) d t (3.60)

v L 2 ( 0 , T ; H 0 1 ( Ω ) ) , v ( t ) N q.t.p t ( 0 , T )

Fazendo v=u2' na desigualdade (3.59), e v=u1' na desigualdade (3.60) e somando os resultados, sendo t um ponto arbitrário de (0, T) ,teremos:

0 t ( k ( x , t ) ( u 1 ' ' - u 2 ' ' ) , u 2 ' - u 1 ' ) d s + 0 t ( - Δ ( u 1 - u 2 ) , - Δ ( u 2 ' - u 1 ' ) ) d t + 0 t M ( u 1 2 ) ( - Δ u 1 , u 2 ' - u 1 ' ) d s - 0 t M ( u 2 2 ) ( - Δ u 2 , u 2 ' u 1 ' ) d s + 0 t ( u 1 ' - u 2 ' , u 2 ' - u 1 ' ) d t 0 (3.61)

Fazendo u 2u 1 = w, somando e subtraindo 0tM(u12)(-Δu2,w')ds em (3.61), obtemos:

0 t ( K ( x , t ) w ' ' , w ' ) d s + 0 t ( Δ w , Δ w ' ) d s + 0 t M ( u 1 2 ) ( - Δ w , w ' ) d s + + 0 t ( w ' , w ' ) d s 0 t [ M ( u 1 2 ) - M ( u 2 2 ) ] ( - Δ u 2 , w ' ) d s (3.62)

Segue de (3.62) que:

0 t d d s [ ( K , w ' 2 ) + | Δ w | 2 + M ( | u 1 | 2 ) | w | 2 ] d s + 2 0 t | w ' | 2 d s 2 0 t M ( | u 1 | 2 ) - M ( | u 2 | 2 ) | Δ u 2 | | w ' | d s + 2 0 t | u 1 | | u ' 1 | | M ( | u 1 | 2 ) | | w | 2 d s + 0 t α | w ' | 2 d s + C ( α ) 0 t ( K , w ' 2 ) d s (3.63)

Sabemos que |u(t)|, |u (t)| e |∆u(t)| são limitadas. Sabemos também pela hipótese (ℋ3) que a função M é continuamente diferenciável em [0, ∞). Isto nos permite aplicar o Teorema do Valor Médio:

M ( | u 1 | 2 ) - M ( | u 2 | 2 ) | Δ u 2 | | w ' | 1 2 | w ' | 2 + C 9 2 | Δ w | 2 (3.64)

Além disso,

| u 1 | | u ' 1 | M ( | u 1 | 2 ) | w | 2 C 10 | w | 2 C 11 2 | Δ w | 2 (3.65)

Agora, aplicando (3.64) e (3.65) em (3.63), obtemos:

0 t d d s [ ( K , w ' 2 ) + | Δ w | 2 + M ( u 1 2 ) w 2 ] d s + 2 0 t | w ' | 2 d s 0 t ( α | w ' | 2 + C 12 | Δ w | 2 ) d s + 0 t C 13 | Δ w | 2 d s + 0 t | w ' | 2 d s + C ( α ) 0 t ( K , w ' 2 ) d s (3.66)

Note que w(0) = w (0) = 0. Logo, aplicando em (3.66), obtemos:

( k , w ' 2 ) + | Δ w | 2 + M ( u 1 2 ) w + ( 1 - α ) 0 t | w ' | 2 d s 0 t [ C ( α ) ( k , w ' 2 ) + C 14 | Δ w | 2 ] d s (3.67)

com 0 < α < 1 e C i constantes positivas.

Pela hipótese (H 3) e observação (2.1), M(u12)w2-σ|w|2-σλ1|Δw|2.

Aplicando este resultado em (3.67), obtemos:

( K , w ' 2 ) + 1 - σ λ 1 | Δ w | 2 + ( 1 - α ) 0 t | w ' | 2 d s 0 t [ C ( α ) ( K , w ' 2 ) + C 15 | Δ w | 2 ] d s ,

com 0<1-σλ1<1 e 0 < 1 - α < 1

Podemos, então, reescrever essa última desigualdade:

( K , w ' 2 ) + | Δ w | 2 < C 16 ( K , w ' 2 ) + | Δ w | 2 + C 17 0 t | w ' | 2 d s 0 t C 18 [ ( K , w ' 2 ) + | Δ w | 2 ] d s (3.68)

Aplicando a desigualdade de Gronwall em (3.68), obtemos (K,w'2)+|Δw|20

Isto implica dizer que |Δw(t)|2=w(t)H02(Ω)2=0, e portanto, w(t) = 0 q.s. em [0, T].

Desde que w é contínua em [0, T], w(t)=0,t[0,T], isto é, u 1 = u 2.

Isto demonstra a unicidade de solução.

REFERÊNCIAS

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    J.L. Lions. “Quelques méthodes de résolution des problemes aux limites non linéaires”. Dunod (1969).
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  • 9
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  • 11
    D. Pereira. “Existência, Unicidade e Comportamento Assintótico das Soluçoes da Equação Não-Linear da Viga”. Ph.D. thesis, Doctoral Thesis. IM-UFRJ (1987).
  • 12
    G. Stampacchia. Formes bilinéaires coercitives sur les ensembles convexes. Comptes Rendus Hebdomadaires Des Seances De L Academie Des Sciences, 258(18) (1964), 4413.
  • 13
    S. Woinowsky-Krieger. The effect of an axial force on the vibration of hinged bars. Journal of Applied Mechanics, (1950).
  • 1
    De acordo com Mikhlin (10) temos satisfeito que: λ1=infuH02(Ω)|-Δu|2|-Δ1/2u|2>0 (2.1)

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    13 Maio 2024
  • Data do Fascículo
    2024

Histórico

  • Recebido
    30 Maio 2021
  • Aceito
    22 Out 2023
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